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Pra quem é mãe (Pqm):
O que
sua filha come e o que ela não come?
Até um
ano de idade, ela havia consumido além do leite materno, frutas, hortaliças
cozidas, carnes magras, ovos, arroz branco e integral, leguminosas, aveia e
azeite extra-virgem. Ao completar um ano, introduzi tapioca e cuscuz
enriquecidos com gergelim, castanhas e/ou linhaça, vegetais crus e suco de
fruta sem açúcar. Com 1 ano e 4 meses introduzi biscoitos integrais, macarrão e
algumas preparações sem açúcar como bolo de banana. Com 1 ano e 6 meses
introduzi alguns derivados do leite como queijo branco e iogurte sem corantes,
alguns tipos bolo e pães e liberei na creche suco de polpa sem ou com
pouquíssimo açúcar. Hoje com 1 ano e 9 meses ela tem uma alimentação bem
variada, mas não come de jeito nenhum embutidos, enlatados, sucos de
caixinha, refrigerante e salgadinhos de pacote.
Pqm:
Por que
ela não come esses alimentos?
Preocupo-me
em formar bons hábitos alimentares. Acho que a introdução precoce de certos
alimentos prejudicaria isso. Além disso, embutidos, enlatados e salgadinhos de
pacote são alimentos com altos teores de sódio, gordurosos e pouco nutritivos.
Sucos em caixa na maioria possuem altos teores de açúcares, conservantes e
pouca fruta. Refrigerantes não são nada saudáveis. Doces e balas são coisas que
nunca ofereci pela pouca idade e que ela ainda não me pede.
Pqm:
Você
prepara as refeições dela baseado em calorias, como se fosse uma 'paciente' ou
vai mais pelo instinto de mãe mesmo?
Não
fico calculando calorias, ela é quem me indica as quantidades que consegue
consumir, ela faz o controle de saciedade dela. Preocupo-me no que ofertar e,
para isso, baseio minhas escolhas na pirâmide alimentar da Sociedade Brasileira
de Pediatria. Sei se está tudo bem acompanhando peso, crescimento e desenvolvimento dela.
Pqm:
Você é mais
preocupada em dar o exemplo na alimentação da sua filha porque você é nutricionista?
Sou presente e
comprometida com alimentação da minha filha, provavelmente porque entendo a
importância de uma alimentação saudável e da formação de bons hábitos. Acredito
que ser nutricionista influencia sim, mas qualquer pessoa que entenda a
importância de bons hábitos alimentares faria o mesmo por seus filhos.
Pqm:
Você come
um alimento na frente da sua filha que você não costuma oferece para ela? Por
quê?
Já comi
alguns lanches na frente dela sem oferecer, mas percebo que quanto mais ela cresce,
mas difícil isso fica. Quando ela me pergunta o que estou comendo, converso com
ela, digo que é o “papá da mamãe” e não dela, mas pergunto se ela quer o dela.
Acho que ela precisa entender que alguns alimentos não são adequados para a idade
dela. Imagina algum adulto tomando uma cerveja e ela perguntando para você o
que é?! Não dá para oferecer, né?
Pqm:
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Ensine
e estimule o consumo de frutas e hortaliças.
Pqm:
Na sua
percepção, o que você faz e observa que outras mães não fazem com relação às
refeições de sua filha?
Ofereço
oleaginosas para minha filha. Ela come uma castanha todos os dias. Além disso,
ela come peixe 2x na semana, pelo menos uma fruta cítrica todos os dias, e uma
porção de frutas vermelhas 4 a 5x na semana.
Pqm:
O que
uma mãe leiga, como eu, deve observar ao elaborar um cardápio para o dia a dia
das crianças?
Quanto mais natural for o alimento, mais saudável será a alimentação da criança. Quanto mais colorido e mais variado, maior a chance de atender às necessidades nutricionais dela. Vale à pena conhecer a pirâmide alimentar infantil recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pois é um guia bem simples, onde a mãe encontra o número de porções de cada grupo alimentar que deve ofertar a seu filho.
Pqm:
Com
essa correria do dia a dia nem toda mãe tem tempo para preparar todas as
refeições diárias (almoço, lanches, jantar). Você poderia indicar algumas estratégias
práticas que podemos adotar para prepararmos refeições balanceadas sem investir
muito tempo na cozinha?
Para
facilitar, guardo hortaliças e frutas já higienizadas. Chego do mercado com as
compras da semana e já deixo guardado tudo limpinho. Isso ajuda muito na hora
da correria, que basta pegar o alimento e usar sem grande demora. Além disso,
guardo em pequenas porções. Por exemplo, congelo a carne na quantidade certa
que usarei na refeição. O descongelamento de uma porção menor é muito mais
rápido, dá para fazer até mesmo direto na panela, se não der tempo de
descongelar o alimento previamente. Também dá para congelar alguns pratos
prontos, assim, na correria, basta descongelar e servir com uma saladinha.
Também é bom ter em mãos algumas receitas práticas e saudáveis. Assim, na
correria você consegue fazer algo rápido e ao mesmo tempo saudável.
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Congelando em pequenas porções |
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Pqm:
Qual é
a maior dificuldade que você tem com a alimentação da sua pequena?
Alimentar minha filha, não é tarefa difícil. Se ela estiver bem, ela come com facilidade. Encontro alguma dificuldade em viagens, não por ela, mas por causa do acesso aos alimentos. Lanches são fáceis, levo uma fruta na bolsa e está tudo certo, mas peno um pouco no almoço e jantar. Nem sempre há restaurantes com comidas adequadas aos pequenos (pense, por exemplo, em viagens para os EUA ou mesmo em praias brasileiras).
Muitas vezes não é possível preparar a comida no hotel e
carregar o dia inteiro para oferecer na hora do almoço ou jantar. Não vejo
problema algum eventualmente recorrer a uma papinha industrializada, porém não
dá para fazer isso uma semana inteira. Então, dependendo da viagem, alimentá-la
deixa de ser algo simples.
Pqm:
A
partir de que idade os bebês podem/devem comer a mesma comida que os adultos?
Com um
ano os pequenos podem comer a comida da mesma panela dos adultos, desde que a
alimentação de casa seja saudável.
Pqm:
Não dei
açúcar e farinha branca aos meus filhos até quase 2 anos, um pouco menos com a
mais nova. Qual a sua opinião sobre a restrição de açúcar? Até que idade
devemos manter a restrição?
Crianças
até 1 ano não devem comer açúcar de jeito nenhum. Depois desta idade, o consumo
deve ser bem esporádico. E quanto mais tarde for introduzido, melhor.
Muito bom, vou seguir algumas dicas que não faço, rs. Para quem quer uma sugestão de cardápio prático, veja aqui o post.
bjm,
Cidália
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